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quarta-feira, 13 de novembro de 2019

Associação de Estudantes opõem-se aos Critérios de Cidadania e Desenvolvimento


No passado dia 9 de outubro o Conselho Pedagógico da nossa escola analisou os vários Critérios Específicos propostas para cada disciplina, sendo que a respetiva ata foi hoje aprovada por esse órgão.

Quando foram apresentados os Critérios Específicos de Cidadania e Desenvolvimento o representante da Associação de Estudantes neste órgão, Pedro Amaral, opôs-se.

Assim, e conforme se pode ler na ata, «procedeu-se à votação, para aprovação dos referidos critérios, tendo os mesmos sido aprovados por maioria com um voto contra.»

O representante apresentou uma declaração de voto que se reproduz na íntegra de seguida:

«Ao abrigo da alínea c) do artigo nono do regimento do Pedagógico apresento a seguinte declaração de voto sobre os critérios específicos de avaliação de Cidadania e Desenvolvimento:

A minha tomada de posição contra os critérios específicos de Cidadania e Desenvolvimento apresentados baseia-se no desequilíbrio que configuram: uma clara valorização das atitudes e valores em detrimento dos conhecimentos e competências a serem adquiridos. Considero que em cidadania a postura em sala de aula é de extrema importância, mas isso não significa um peso de 70%. Seria justo considerar um peso igualitário de 50%. Existem conteúdos previstos que devem ser discutidos. Não defendo a realização de testes, mas o desenvolvimento de trabalhos em sala de aula (o que é efetivamente previsto). Não faz sentido obrigar os alunos a decorar a Declaração Universal dos Direitos Humanos, no entanto é importante reconhecer que esses princípios existem e explorá-los, por exemplo, através de uma verificação entre o texto e a realidade circundante - para ilustrar o ponto de vista. Cidadania é um espaço de especial relevância pedagógica para valorizar uma postura adequada e formar cidadãos conscientes. O efeito psicológico nos alunos destes critérios é de que basta um comportamento razoável em sala de aula para se obter uma nota razoável, não sendo necessário um envolvimento genuíno nos temas. É um erro.»

Este episódio é aqui exposto como um esforço de evidenciar o trabalho desenvolvido por esta Associação junto dos órgãos escolares.